É o fim da picada

Ontem, aos 72 anos, Clodovil encerrou seu show de #prontofaleis de uma forma que seria até bem estranho para ele. Morreu sozinho discretamente em seu apartamento em um dos bairros mais monótonos de Brasília, a Asa Norte.

Tá... eu sei que não foi bem assim.

Clodovil Hernandes,  estilista de alta costura e atualmente terceiro deputado federal mais votado do país, não cansava de sempre soltar as suas alfinetadas para quem quer que seja e o motivo que fosse (dizem que ele era preconceituoso, mas eu acredito veementemente que ele xingava a todos sem distinções).

E engana-se quem acha que ele foi ao congresso apenas para mostrar como se combina o laranja-onça e o azul-tucunaré com os tons de cinza das construções de concreto de Brasília. O então deputado tem algumas proposições bem interessantes (e outras nem tanto) tais como:

• Autorização ao enteado para a adoção da família do padrasto;
• A ser instituido o Dia da mãe adotiva no terceiro domingo do mês de março (Clodovil era filho adotivo);
• Redução de 513 para 250 deputados federais na Câmara e
• Obrigatoriedade e gratuidade, para homens maiores de 40 anos, da realização do exame de próstata. (ele teve a doença em 2005, mas se recuperou bem).

 E, para encerrar, um belo video de seu primeiro discurso na Câmara dos Deputados.

E para quem ficou desapontado, achando que veria um gay chato e piadinhas sem graça,
esperem até o Domingão do Faustão ou o Gugu fazerem suas homenagens.
Lá vocês encontrarão essa biba. Mas aqui não...