Agora vai!

Que bom, somos o primeiro país sul-americano que vai sediar uma Olimpíada.
Que ótimo, dois anos antes teremos uma Copa do Mundo.

Dizem que brasileiros são pessimistas mesmo os cariocas tendo o título de cidade mais feliz do mundo (não SBT, sua sede é em Sampa). Isso por que? Por simplesmente termos ficado com o pé atrás diante das dificuldades geradas por dois grandes circos serem montados aqui em terras brazucas em tão curto intervalo de tempo.

Pessimistas? Não! Realistas? Não mesmo!

Sim, somos o povo mais feliz e otimista do país. Pena que ninguém nunca nos contou que o otimista é o bobo das rodas de samba que jura de pés juntos que o Lula ficou três dias no nordeste brasileiro com toda uma trupe de ministros e uma logística enorme para fiscalizar as obras do velho Chico. Pode não ser bobagem, pode ser que ele não saiba que era possível realizar a mesma "façanha" com um voo de helicóptero de três horas de duração. Mas mesmo assim o otimista diria que era medo de altura ou coisas do tipo.

E esse é mesmo o caso.

Afinal qual país do mundo acreditaria que Rubens Barrichello teria real chances de ser campeão à essa altura do campeonato? Acreditamos fielmente no nosso guru das tardes de sábado Galvão Bueno quando disse que para tal proeza bastava nosso piloto preferido ganhar a prova e mais algumas combinações daquelas tipo números de loteria. Para o nosso azarado-mor nada difícil, presumo.

 E o Rio de Janeiro coitado? Orfão não conformado até hoje de ter perdido a capital federal para Brasília (e o J.r. Guzzo não me deixa mentir) vê nas olimpíadas a tão sonhada revanche por tamanha perda.

(Ô Cridê!!! Diz pro Rio que se eles quiserem os seus políticos de volta com dólares na cueca e mensalões superfaturados podem pegar de volta. E diz pra sampa que os deles vão de brinde)

 E eu diria até um pouco mais. Por que além de otimistas, somos loucos.

Loucos por esse Brasil que não dá certo;

Loucos por nos vangloriarmos de nosso tão famoso jeitinho brasileiro;

Loucos por favorecimentos de qualquer tipo.

Não somos? Então qual o adjetivo que se dá a pessoas que jogam pedra em avião?

Se a modalidade em questão for tiro ao alvo, então toca o tema da vitória que teremos o ouro.

Desculpem o mal jeito. É obvio, não tem nem comparação.

Não era um avião, mas um helicóptero.