Besouro mochileiro

E lá se vai seu besouro todo alegre para a maior viagem de sua vida. Graças aos homens e seus progressivos veículos automotores de alta capacidade vai realizar seu grande sonho: conhecer a capital federal.

Dizem que lá só tem merda e que os humanos de lá são especialistas em fazer bosta de qualidade nunca vista sequer nos anos de ouro do Tietê. Mas essa é uma viagem arriscada seu besouro. Chega a durar até uma hora (uma eternidade besourística). Mas ainda assim ele vai. Se agarra em um, assusta a moça bonita da cadeira da frente, escapa de duas mãozadas (quem disse que ia ser fácil?) e segue seu rumo.

O final dessa jornada infelizmente o nobre leitor terá de imaginar. O espectador que vos escreve desse na próxima parada. Ainda há metade de uma viagem para nosso pequeno aventureiro. O que acontecerá? Achara uma flor na beira da esplanada e viverá feliz para sempre? Deixará dona besoura e seus 126 filhotes e nunca mais voltará? Encontraras a tão sonhada poça de lama da câmara ou sucumbirá à próxima chinelada do cobrador? Só o tempo dirá. O que nos resta é rezar à santa Clarinha Gomes protetora dos besouros e lagartixas para que nosso amiguinho encontre o que procura e volte ao seio de sua amada.